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domingo, 10 de agosto de 2025

[GABARITO] D18 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão - 9 ano

 


Questão 1. No texto acima, a substituição da palavra "difícil" por "desafiador" altera o efeito de sentido na seguinte forma:

a) Intensifica o tom negativo, tornando o dia ainda mais pesado.
b) Minimiza a ideia de dificuldade, sugerindo algo superável.
c) Traz um tom neutro, sem grandes alterações de sentido.
d) Substitui uma conotação figurada por um sentido literal.


Gabarito Comentado

Resposta correta: b)

Comentário:
A substituição de "difícil" por "desafiador" minimiza a ideia de dificuldade ao atribuir um tom mais positivo e motivador à situação. Enquanto "difícil" carrega um peso emocional mais negativo, "desafiador" sugere que, apesar dos obstáculos, há uma possibilidade de superação e aprendizado. Isso demonstra como a escolha lexical pode transformar o efeito de sentido de uma frase.

Alternativa a está incorreta, pois "desafiador" não intensifica o tom negativo; ao contrário, ameniza-o.
Alternativa c está incorreta, pois a mudança não mantém o tom neutro.
Alternativa d está incorreta, pois ambas as palavras mantêm um sentido conotativo no contexto dado.

Questão 2. No trecho “A cidadania é muito mais do que simplesmente votar nas eleições”, a expressão “muito mais do que” tem a função de:

A) Minimizar o valor do voto no processo democrático.

B) Ampliar o conceito de cidadania para além do ato eleitoral.

C) Indicar que votar não é necessário para ser cidadão.

D) Restringir a cidadania apenas a momentos eleitorais.

Resposta correta: b) Ampliar o conceito de cidadania para além do ato eleitoral.
Comentário:
A expressão “muito mais do que” indica que o autor quer mostrar que a cidadania não se limita ao voto, mas envolve outras ações e responsabilidades. Não minimiza o voto, apenas amplia a compreensão do que é ser cidadão.

Questão 3. Ao comparar a cidadania com a pontuação correta em um texto, o autor quer transmitir a ideia de que:

A) Pequenos detalhes podem comprometer a clareza e a harmonia tanto do texto quanto da convivência social.

B) A cidadania é uma questão gramatical e acadêmica.

C) A pontuação no texto é tão complexa quanto a cidadania.

D) Somente textos bem pontuados transmitem cidadania.

Resposta correta: a) Pequenos detalhes podem comprometer a clareza e a harmonia tanto do texto quanto da convivência social.
Comentário:
A comparação com a pontuação ressalta que detalhes, por menores que sejam, têm importância fundamental. Assim como uma pontuação inadequada pode prejudicar a compreensão de um texto, pequenas atitudes na vida social podem afetar o convívio e a justiça.

Questão 4. A palavra “compromisso” no contexto do texto carrega um efeito de sentido que indica:

A) Um dever imposto pela lei, cumprido de forma mecânica.

B) Uma obrigação ética e voluntária que envolve responsabilidade social.

C) Uma escolha pessoal sem impacto na coletividade.

D) Uma regra exclusiva para a vida política.

Resposta correta: b) Uma obrigação ética e voluntária que envolve responsabilidade social.
Comentário:
No texto, “compromisso” indica uma responsabilidade assumida de forma consciente e ética, não apenas uma imposição legal ou formal, mas uma atitude que envolve escolha e consciência social.

Questão 5. O trecho “Cada cidadão é um agente de mudança, e suas ações, por menores que pareçam, fazem a diferença” sugere que:

A) Apenas ações grandes e visíveis têm impacto social.

B) Pequenas atitudes individuais contribuem para transformações sociais significativas.

C) A mudança depende exclusivamente das instituições públicas.

D) A cidadania é um conceito abstrato e distante da vida cotidiana.

Resposta correta: b) Pequenas atitudes individuais contribuem para transformações sociais significativas.
Comentário:
O autor enfatiza que cada cidadão, com suas ações, mesmo que pequenas, pode influenciar e promover mudanças na sociedade, valorizando o papel do indivíduo na coletividade.

Questão 6. Sobre o papel da educação mencionado no texto, pode-se afirmar que:

A) A educação serve apenas para adquirir conhecimento técnico.

B) A educação é fundamental para formar cidadãos conscientes e críticos, capazes de exercer plenamente a cidadania.

C) O conhecimento dos direitos e deveres não influencia a prática cidadã.

D) A cidadania é inata e não depende do aprendizado ou da formação.

Resposta correta: b) A educação é fundamental para formar cidadãos conscientes e críticos, capazes de exercer plenamente a cidadania.
Comentário:
O texto destaca que o conhecimento dos direitos e deveres é essencial para a cidadania, e isso só é possível por meio da educação, que ajuda a desenvolver a consciência crítica e o entendimento necessário para participar da sociedade.

 

Leia um trecho do poema Congresso Internacional do Medo de Carlos Drummond de Andrade para resolver à questão:

 

“Provisoriamente não cantaremos o amor,

que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.

Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,

não cantaremos o ódio, porque esse não existe,

existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.”

Questão 7. O poeta, no último verso, atribuiu ao medo a figura de um pai, transformando-o em um companheiro. Assim sendo, nesse verso, é possível notar a figura de linguagem chamada

A) hipérbole.

B) metonímia.

C) personificação.

D) comparação.

Resposta correta: C) personificação.

Comentário:
Personificação (ou prosopopeia) é a figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados, animais ou sentimentos abstratos. No verso, o medo é tratado como um “pai” e “companheiro”, dando-lhe qualidades humanas. Hipérbole é exagero; metonímia é substituição de uma palavra por outra relacionada; comparação envolve o uso de “como” ou “assim como”.

 Leia e responda

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL

As informações da desigualdade no Brasil são de arrepiar. Escolha qualquer indicador, mulheres e negros estão sempre abaixo de homens e brancos. No país, a renda do 1% mais rico é igual à dos 99% restantes. E ricos ficam cada vez mais ricos e pobres mais pobres.

No mundo, há 62 indivíduos com renda somada de US$ 1,7 trilhão, igual ao que ganham os 50% mais pobres do planeta. Mas nós, brasileiros, somos campeões mundiais em desigualdade.

O pior é que a maioria dos pobres no Brasil vive na periferia das cidades. Sonha com melhor emprego, transporte, segurança, saúde e educação. Mas sofre as mazelas do dia a dia. Quem mora na Restinga gasta três horas para ir e voltar do trabalho.

É claro que só sairemos do buraco se enfrentarmos a crise da Previdência, as distorções nas relações de trabalho e se tornarmos a economia mais competitiva. Mas, sem políticas que promovam melhor distribuição de renda e serviços públicos de melhor qualidade, o Brasil nunca avançará. É preciso cuidar dos mais vulneráveis. E isso exige patriotismo. Olhar menos para o próprio umbigo. Aceitar perder privilégios. É a única forma através da qual filhos de quaisquer brasileiros, sobretudo os mais pobres, poderão se tornar, um dia, profissionais mais competitivos. O Brasil está ruim até para os ricos. Muitos mantêm seus negócios aqui, mas a família já foi embora, para fugir da violência. Imagine a vida de quem não tem alternativa a não ser ficar.

Gilberto Schwartsmann. (Médico e professor)

 Questão 8. A expressão “Olhar menos para o próprio umbigo” significa:

A) mostrar a necessidade da persistência.

B) destacar os problemas das outras pessoas.

C) evitar excessiva importância para si mesmo.

D) ressaltar a necessidade de notar a si próprio.

 Resposta correta: C) evitar excessiva importância para si mesmo.

Comentário:
A expressão é um sentido figurado que indica a necessidade de não ser egoísta ou egocêntrico, ou seja, deixar de pensar somente em si mesmo para se preocupar com o coletivo. Não significa persistência, nem focar nos outros sem relação com o eu, nem um autoexame literal.

Leia e responda

Sinal

Olá, como vai?

Eu vou indo e você, tudo bem?

Tudo bem, eu vou indo, correndo

Pegar meu lugar no futuro, e você?

Tudo bem, eu vou indo em busca

De um sono tranquilo, quem sabe?

Quanto tempo, pois é, quanto tempo

Me perdoe a pressa

É a alma dos nossos negócios

Qual, não tem de que

Eu também só ando a cem

Quando é que você telefona?

Precisamos nos ver por aí

Pra semana, prometo, talvez

Nos vejamos, quem sabe

Quanto tempo, pois é, quanto tempo

Tanta coisa que eu tinha a dizer

Mas eu sumi na poeira das ruas […]

Paulinho da Viola.

 

Questão 9. Na expressão, “…só ando a cem” o autor quis dizer que anda com

A) bastante pressa, correndo.

B) muito cuidado, bem devagar.

C) muito medo e preocupado.

D) toda tranquilidade, despreocupado.

Resposta correta: A) bastante pressa, correndo.

Comentário:
A expressão “andar a cem” é uma metáfora para andar muito rápido, com pressa. Não significa cuidado, medo ou tranquilidade, mas justamente o contrário: pressa.




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