Gabarito comentado
Questão 1: Quem é a personagem principal da história?
A personagem principal da história é a galinha. Ela assume o papel central ao tentar escapar de seu destino e provoca uma série de ações e reações dos humanos ao seu redor.
Comentário: O foco da narrativa está na galinha, que simboliza uma espécie de resistência ou luta pela vida. Clarice Lispector usa a galinha como um reflexo de algo que, mesmo destinado ao sacrifício, possui um instinto de sobrevivência.
Questão 2: Que outras personagens aparecem na história?
Além da galinha, aparecem a cozinheira, que grita quando vê a galinha tentando fugir, o dono da casa, que se prepara para capturá-la, e a família, que observa a situação.
Comentário: Esses personagens secundários contribuem para o desenvolvimento da história, representando a família tradicional que vê a galinha apenas como alimento, até o momento em que ela tenta escapar.
Questão 3: Quem é o narrador? Ele é também personagem? Como você chegou a essa conclusão?
O narrador é observador, ou seja, está fora da história e narra os fatos como alguém que apenas observa, sem intervir ou participar como personagem.
Comentário: A voz narrativa é impessoal e se mantém objetiva, o que é característico do narrador observador. Ele apresenta a situação sem revelar pensamentos íntimos dos personagens humanos, destacando mais as ações e reações.
Questão 4: “Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço.” Qual a causa da surpresa?
A surpresa vem do comportamento inesperado da galinha, que mostra um instinto de fuga e sobrevivência. Ninguém imaginava que ela tentaria escapar.
Comentário: A surpresa enfatiza como a família subestimava a galinha, vendo-a apenas como um ser passivo. A tentativa de fuga revela sua vontade de viver, o que humaniza a personagem.
Questão 5: Qual trecho do texto revela o significado de galinha de domingo?
O trecho “Era uma galinha de domingo” revela que a galinha estava destinada ao almoço da família, prática comum em muitas casas.
Comentário: A expressão “galinha de domingo” associa o animal ao costume familiar de preparar uma refeição especial aos domingos. Clarice Lispector usa esse contexto para abordar a questão da sobrevivência e do destino.
Questão 6: A galinha era especial para a família? Justifique.
Não, a galinha não era especial. Ela era tratada com indiferença e foi escolhida apenas para servir como refeição, sem nenhuma consideração além de sua função como alimento.
Comentário: O texto reforça a indiferença da família, que só passa a notar a galinha quando ela ameaça escapar. Este tratamento representa a desvalorização de seres que não são vistos como indivíduos.
Questão 7: Qual a dupla necessidade do dono da casa?
A dupla necessidade era capturar a galinha e realizar um pouco de exercício físico, aproveitando a oportunidade para subir no telhado.
Comentário: A atitude do dono da casa reflete uma postura prática e indiferente. A “necessidade” de capturar a galinha está associada a seu desejo de realizar uma tarefa com rapidez, minimizando o que para a galinha é uma questão de vida e morte.
Questão 8: Que fim você daria para a história?
Uma possível conclusão seria que, ao finalmente capturar a galinha, a família decide poupá-la, impressionada com sua tentativa de fuga, e a galinha passa a ser tratada com respeito.
Comentário: Esse desfecho adicionaria um toque reflexivo e sensível à história, mostrando que a luta pela vida pode inspirar compaixão e uma nova percepção sobre o valor dos seres vivos.
(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:
Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de medicamentos
É um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crianças doentes — presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde perdida. A máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes. Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciência do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha. Para o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe receitou ou passará a correr risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta reserva.
PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27. São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.
Questão 9. Segundo a autora, “um dos piores crimes que se podem cometer” é:
A) a venda de narcóticos.
B) a falsificação dos remédios.
C) a receita de remédios falsos.
D) a venda abusiva de remédios.
Gabarito comentado
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A) a venda de narcóticos: Embora a venda de narcóticos seja um problema grave, o texto compara a máfia dos medicamentos falsos com as quadrilhas de narcotraficantes para mostrar que a primeira é ainda pior, pois as vítimas não têm escolha. Portanto, o foco principal não é a venda de narcóticos em si.
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B) a falsificação dos remédios: Esta é a resposta correta. O texto inteiro gira em torno da problemática da falsificação de medicamentos, desde a descrição da ação da máfia até a comparação com o tráfico de drogas e a vulnerabilidade das vítimas. A frase "A máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes" reforça essa ideia.
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C) a receita de remédios falsos: O texto não aborda especificamente a questão da receita de remédios falsos. O problema central é a falsificação dos medicamentos em si, independentemente de como eles são receitados.
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D) a venda abusiva de remédios: Embora a venda abusiva de remédios seja um problema existente, o texto foca na falsificação, ou seja, na produção e distribuição de medicamentos que não contêm os princípios ativos corretos ou que são produzidos sem os devidos cuidados, colocando a saúde dos consumidores em risco.
Portanto, a alternativa B é a única que se alinha diretamente com a mensagem central do texto, que é a gravidade do crime de falsificação de medicamentos. A autora enfatiza a falta de escolha das vítimas e o risco que correm ao consumir esses produtos falsificados.
Seja Criativo: Fuja das Desculpas Manjadas
Entrevista com teens, pais e psicólogos mostram que os adolescentes dizem sempre a mesma coisa quando voltam tarde de uma festa. Conheça seis desculpas entre as mais usadas. Uma sugestão: evite-as. Os pais não acreditam.
— Nós tivemos que ajudar uma senhora que estava passando muito mal. Até o socorro chegar... A gente não podia deixar a pobre velhinha sozinha, não é?
— O pai do amigo que ia me trazer bateu o carro.
Mas não se preocupem, ninguém se machucou!
— Cheguei um minuto depois do ônibus ter partido. Aí tive de ficar horas esperando uma carona...
— Você acredita que o meu relógio parou e eu nem percebi?
— Mas vocês disseram que hoje eu podia chegar tarde, não se lembram?
— Eu tentei avisar que ia me atrasar, mas o telefone daqui só dava ocupado!
Questão 10. De acordo com o texto, os pais não acreditam em:
A) adolescentes.
B) psicólogos.
C) pesquisas.
D) desculpas.
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O título do texto já nos dá uma pista: "Seja Criativo: Fuja das Desculpas Manjadas". A reportagem apresenta diversas desculpas comuns usadas por adolescentes para justificar atrasos e conclui que "os pais não acreditam". O foco central do texto é a descrença dos pais nas desculpas apresentadas pelos adolescentes. Vamos analisar as alternativas:
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A) adolescentes: O texto não afirma que os pais não acreditam nos adolescentes em si, mas sim nas desculpas que eles dão. A crítica é direcionada às justificativas, não aos jovens.
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B) psicólogos: O texto menciona entrevistas com psicólogos, mas não sugere que os pais duvidem da credibilidade desses profissionais. A presença dos psicólogos serve para embasar a constatação de que as desculpas são repetitivas e previsíveis.
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C) pesquisas: O texto também menciona entrevistas com teens e pais, o que pode ser considerado uma forma de pesquisa, mas o foco não está na descrença em pesquisas, mas sim nas desculpas apresentadas pelos adolescentes.
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D) desculpas: Esta é a alternativa correta. O texto inteiro gira em torno da ideia de que as desculpas usadas pelos adolescentes são previsíveis e, portanto, não convencem os pais. A frase "Os pais não acreditam" se refere diretamente às desculpas apresentadas.
Portanto, a alternativa D é a que melhor representa a mensagem central do texto. A reportagem busca mostrar a ineficácia das desculpas "manjadas" e a necessidade de os adolescentes serem mais criativos (ou mais honestos) ao justificarem seus atrasos.