Questão 1. A principal intenção do texto é:
a) Elogiar a prefeitura pela construção da nova biblioteca.
b) Informar sobre a inauguração de um novo espaço cultural na cidade.
c) Criticar, de forma irônica, a situação precária da nova biblioteca.
d) Descrever detalhadamente as instalações da nova biblioteca.
e) Narrar a história da construção da biblioteca municipal.
A principal intenção do texto é:
Resposta: c) Criticar, de forma irônica, a situação precária da nova biblioteca.
Comentário: O texto se apresenta como uma reportagem, mas o uso de ironia e sarcasmo revela uma crítica à discrepância entre o discurso oficial e a realidade da biblioteca. Há elogios aparentes que, na verdade, são críticas veladas.
Questão 2. A frase "Esta biblioteca é um verdadeiro palácio do saber! Um local onde nossos cidadãos poderão se deleitar com a leitura e a pesquisa!" apresenta:
a) Uma descrição literal da biblioteca.
b) Uma hipérbole que exalta as qualidades do local.
c) Uma ironia verbal que contrasta com a realidade apresentada no texto.
d) Um exemplo de humor baseado em um trocadilho.
e) Uma metáfora que compara a biblioteca a um local sagrado.
Resposta: b) Uma hipérbole que exalta as qualidades do local.
Comentário: No contexto, a frase é dita pelo prefeito com exagero para enaltecer o local, caracterizando hipérbole. Embora o texto use ironia geral, nessa fala específica é a hipérbole que aparece — e o contraste com a realidade é que gera o efeito irônico posteriormente.Questão 3. A fala da funcionária "Um sucesso absoluto! A procura está tão grande que mal consigo atender a todos" demonstra:
a) Sinceridade e entusiasmo com o movimento da biblioteca.
b) Uma crítica velada à falta de estrutura da biblioteca.
c) Uma ironia situacional, pois contrasta com a ausência de usuários.
d) Um exemplo de exagero para enfatizar o sucesso da inauguração.
e) Uma descrição objetiva da realidade da biblioteca.
Resposta: c) Uma ironia situacional, pois contrasta com a ausência de usuários.
Comentário: O tom da fala, combinado com a cena descrita (nenhum usuário presente), cria ironia pela contradição entre a declaração e a situação real observada.Questão 4. A expressão "brilhante iniciativa", utilizada no último parágrafo, configura:
a) Um elogio genuíno à prefeitura.
b) Uma ironia verbal que critica a falta de planejamento da obra.
c) Um exemplo de humor baseado na incongruência.
d) Uma descrição objetiva da ação da prefeitura.
e) Uma comparação entre a biblioteca e outras iniciativas culturais.
Resposta: b) Uma ironia verbal que critica a falta de planejamento da obra.
Comentário: O comentário não é um elogio real; é uma ironia verbal, pois o adjetivo "brilhante" contrasta com as falhas graves na execução do projeto.Questão 5. Qual dos seguintes elementos NÃO contribui para a construção da ironia no texto?
a) O contraste entre os discursos das autoridades e a realidade da biblioteca.
b) A descrição detalhada das instalações precárias.
c) Os comentários irônicos nas redes sociais.
d) O tom monótono da funcionária.
e) A presença de diversas autoridades na inauguração.
Resposta: e) A presença de diversas autoridades na inauguração.
Comentário: A presença das autoridades é um fato, não um recurso irônico por si só. Os demais elementos citados (a–d) estão diretamente ligados ao contraste ou exagero que gera ironia no texto.
(SEDUC/MA)
DÚVIDA
Dois compadres viajavam de
carro por uma estrada de fazenda quando um bicho cruzou a frente
do carro.
Um dos compadres falou:
- Passou um largato ali?
O outro perguntou:
- Lagarto ou largato?
O primeiro respondeu:
- Num sei não, o bicho
passou muito rápido.
Disponível em:
http://educacao.globo.com/provas/enem2013/questoes/132.html. Adaptado.
Questão 6. No texto, o efeito de humor ocorre porque um dos personagens
A) conhece a norma padrão da língua.
B) desconhece a espécie de animal
avistado.
C) responde de forma inusitada à
pergunta do amigo.
D) constata o fato de um bicho cruzar a
frente do carro.
E) mostra duas possibilidades de
pronúncia para uma palavra.
Resposta: C) responde de forma inusitada à pergunta do amigo.
Comentário:
O humor do texto é criado pelo mal-entendido. O segundo compadre questiona a forma de pronúncia (“lagarto” ou “largato”), mas o primeiro interpreta como se estivesse sendo perguntado sobre qual animal havia passado. A resposta, completamente deslocada em relação à pergunta, gera o efeito engraçado.
(SAEPE). Leia os textos abaixo.
Em maio de 2015, uma associação de apoio a pessoas com câncer do Canadá entrou para o livro dos recordes ao promover um corte de cabelos coletivo. 267 pessoas, sendo 30 mulheres, ficaram carequinhas da silva, por uma boa causa.
Disponível em: <http://migre.me/rT7T2>. Acesso em: 22 out. 2015.
Questão 7. Nesse texto, a expressão “carequinhas da silva” foi utilizada para
A) apresentar o nome de um novo corte de cabelo.
B) divulgar uma campanha.
C) enfatizar o fato de as pessoas rasparem todo o seu cabelo.
D) ironizar um sobrenome.
E) mostrar uma ação que entrou para o livro dos recordes.
Gabarito: C) enfatizar o fato de as pessoas rasparem todo o seu cabelo.
Comentário:
A expressão “carequinhas da silva” é um modo popular e afetivo de reforçar uma ideia, neste caso, o fato de ficarem totalmente carecas. O “da silva” não é literal; funciona como intensificador na linguagem informal.
(SAEPE). Leia os textos abaixo.
Disponível
em: <http://www.turmadamonica.com.br/index.htm>.
Questão 8. O humor desse texto está
centrado
A) na ambiguidade da palavra “virou”.
B) na expressão da personagem no segundo
quadrinho.
C) na recusa da personagem em namorar
Julius.
D) no assunto tratado pelas personagens.
E) no entusiasmo de Julius.
Gabarito: A) na ambiguidade da palavra “virou”.
Comentário:
A tirinha explora a polissemia (mais de um sentido) da expressão “virar a cabeça”, unindo o sentido figurado (apaixonar) ao literal (movimento físico da cabeça), criando o efeito cômico.
(SAEPE). Leia o texto abaixo.
A evidência
Ainda que pasmem os
leitores, ainda que não acreditem e passem, doravante, a chamar este escritor
de mentiroso e fátuo, a verdade é que, certo dia que não adianta precisar,
entraram num restaurante de luxo, que não me interessa dizer qual seja, um
ratinho gordo e catita e um enorme tigre de olhar estriado e grandes bigodes
ferozes. Entraram e, como sucede nas histórias deste tipo, ninguém se espantou,
muito menos o garçom do restaurante.
Era apenas mais um par de
fregueses. Entrados os dois, ratinho e tigre, escolheram uma mesa e se
sentaram. O garçom andou de lá prá cá e de cá prá lá, como fazem todos os
garçons durante meia hora, na preliminar de atender fregueses, mas, afinal,
atendeu-os, já que não lhe restava outra possibilidade, pois, por mais que faça
um garçom, acaba mesmo tendo que atender seus fregueses. Chegou, pois, o garçom
e perguntou ao ratinho o que desejava comer. Disse o ratinho, numa segurança de
conhecedor:
– Primeiro você me traga Roquefort
au Blinnis. Depois Couer de Baratta filet roti à la broche pommes
dauphine. Em seguida Medaillon Lagartiche Foie Gras de Strasbourg.
E, como sobremesa, me traga um Parfait de biscuit Estraguèe avec Cerises
Jubilée. Café. Beberei, durante o jantar, um Laffite Porcherrie
Rotschild 1934.
– Muito bem – disse o
garçom. E, dirigindo-se ao tigre – E o senhor, que vai querer?
– Ele não quer nada –
disse o ratinho.
– Nada? – tornou o garçom
– Não tem apetite?
– Apetite? Que apetite? –
rosnou o ratinho enraivecido – [...] Então você acha que se ele estivesse com
fome eu ia andar ao lado dele?
Moral: É necessário manter
a lógica mesmo na fantasia.
FERNANDES,
Millôr. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro, 1964, p. 89.
Questão 9. O humor desse texto está no
trecho:
A) “Beberei, durante o jantar, um Laffite
Porcherrie Rotschild 1934.”. (3° parágrafo)
B) “– Ele não quer nada – disse o
ratinho.”. (5° parágrafo)
C) “– Nada? – tornou o garçom – Não tem
apetite?”. (6° parágrafo)
D) “– Apetite? Que apetite? – rosnou o
ratinho enraivecido...”. (Último parágrafo)
E) “Então você acha que se ele estivesse
com fome eu ia andar ao lado dele?”. (Último parágrafo)
Gabarito: E) “Então você acha que se ele estivesse com fome eu ia andar ao lado dele?”.
Comentário:
O humor está na inversão de expectativa: o leitor espera que a história continue de forma comum, mas a resposta do ratinho expõe uma lógica simples e ao mesmo tempo engraçada, que resolve a situação de forma inesperada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.