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domingo, 10 de agosto de 2025

[GABARITO] D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações - 3º EM

 

Questão 1. No trecho “É uma revolução”, afirma entusiasmado o professor de tecnologia, Ricardo Alves., o uso das aspas indica que:
A) O narrador duvida da fala do professor.
B) O trecho é uma citação literal das palavras do professor.
C) A expressão é usada de forma irônica.
D) O termo "revolução" tem sentido figurado.
E) O narrador interrompe a fala do professor.

Alternativa correta: B
Comentário: As aspas indicam que o trecho é uma citação literal das palavras do professor Ricardo Alves. O narrador reproduz exatamente o que ele disse, sem ironia ou dúvida.


Questão 2. Em “Corremos o risco de robotizar o ensino”, alerta a pedagoga Ana Silva, o uso da vírgula antes do verbo alerta serve para:
A) Separar orações coordenadas adversativas.
B) Introduzir a fala do narrador após um discurso direto.
C) Marcar uma enumeração de ideias.
D) Destacar a opinião da pedagoga como secundária.
E) Indicar interrupção brusca no discurso.

Alternativa correta: B
Comentário: A vírgula antes de "alerta" separa a fala direta (discurso direto) da inserção do narrador, que identifica quem está falando. É comum no discurso direto usar essa vírgula para introduzir o verbo que indica quem falou.


Questão 3. No trecho “não para obter respostas fáceis, mas para desenvolver habilidades de pesquisa, análise e síntese”, o uso da vírgula entre pesquisa e análise tem como função:
A) Sinalizar que “pesquisa” é mais importante que os outros elementos.
B) Indicar uma pausa natural de leitura, separando itens de uma enumeração.
C) Marcar oposição entre os elementos.
D) Substituir uma conjunção aditiva.
E) Destacar que cada habilidade é irrelevante.

Alternativa correta: B
Comentário: A vírgula serve para separar itens de uma enumeração. Aqui, “pesquisa”, “análise” e “síntese” são elementos listados e separados por vírgulas, para facilitar a leitura.


Questão 4. No trecho “Podemos personalizar o ensino como nunca antes!”, o uso do ponto de exclamação contribui para:
A) Demonstrar que a frase é uma dúvida.
B) Transmitir entusiasmo e intensidade à afirmação.
C) Sugerir ironia no discurso.
D) Enfatizar uma crítica ao ensino tradicional.
E) Indicar que a frase é incompleta.

Alternativa correta: B
Comentário: O ponto de exclamação transmite entusiasmo e intensidade à afirmação do professor, reforçando a ideia de novidade e empolgação sobre a personalização do ensino.


Questão 5. Na frase “O debate está apenas começando, e a comunidade educacional precisa se preparar para os desafios e as oportunidades que a IA traz.”, o uso da vírgula antes do “e” ocorre para:
A) Separar orações independentes com sujeitos diferentes.
B) Marcar inversão da ordem natural da frase.
C) Separar elementos de mesma função gramatical.
D) Indicar pausa obrigatória sempre que houver a conjunção “e”.

E) Dar ênfase à segunda parte da frase por meio de uma pausa rítmica.

Alternativa correta: A
Comentário: A vírgula antes do “e” é usada para separar duas orações independentes com sujeitos diferentes:

  • “O debate está apenas começando” (sujeito: o debate)

  • “a comunidade educacional precisa se preparar...” (sujeito: a comunidade educacional)

(MAISIDEB). Leia o texto a seguir e responda:

O gelo na Antártica está aumentando ou diminuindo?

[...] o gelo da Antártica está aumentando e diminuindo ao mesmo tempo. Explica-se: a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e fica mais ao norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápida. “No entanto, isso representa menos de 2% do volume de gelo do continente. Enquanto isso, o gelo do manto, muito frio, algumas vezes abaixo de – 40 °C, está aumentando. Conforme a atmosfera e o oceano estão aquecendo, mais água evapora e chega como neve ao interior do continente. Ou seja, um aquecimento global levará ao aumento de gelo na maior parte da Antártica. O ativista, Guarany Osório, coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace, não é tão otimista assim. Ele cita o caso da plataforma de gelo Wilkins, de cerca de 14 mil km2, que está prestes a se depreender da Península Antártica. Atualmente, o bloco – “do tamanho da Jamaica”, compara Osório – é mantido por uma faixa de gelo de apenas 40 km de largura. 

Galileu. abr. 2009 n. 213, p. 33. 

Questão 6. No trecho “Explica-se: a camada que está...” (1° parágrafo), os dois pontos foram empregados para:

A) examinar um dado. 

B) definir um conceito. 

C) questionar um dado. 

D) acrescentar um argumento. 

E) introduzir um esclarecimento.

Alternativa correta: Eintroduzir um esclarecimento.
Comentário: Os dois pontos indicam que a frase que segue explica ou esclarece o que foi afirmado antes. Aqui, "Explica-se:" prepara o leitor para a explicação sobre o comportamento do gelo na Antártica.

(PAEBES). Leia o texto abaixo.

Celular na sala de aula: o desafio de estar inteiro

Manter a atenção de um aluno durante a aula tornou-se tarefa quase impossível para os professores diante da concorrência desleal dos celulares que dão acesso a redes sociais e a um divertido mundo digital.

A questão do celular em sala de aula hoje não está mais centrada no inconveniente do ruído ao se receber uma ligação. O problema não é simplesmente se o aluno pode ou não conversar ao celular. Aliás, a geração atual pouco fala ao celular.

Silenciosamente, olhos e dedos percorrem e tateiam as telas dos smartphones, enquanto o professor fala ou orienta alguma atividade, numa dispersão que nem sempre é ruidosa ou barulhenta. O silêncio e a apatia durante a aula podem ser decorrentes exatamente da absorção no uso de aplicativos para troca de mensagens.

Para muitos, a solução é impedir a entrada desses aparelhos em sala de aula. Parece-me, no entanto, que a questão não é proibir o celular nem liberar seu uso indistintamente durante as aulas.

Se o celular pode desconectar o aluno da aula, ele também pode servir como recurso para conectar pessoas e informações ao contexto da aula. De forma planejada e orgânica, as funcionalidades e os recursos do celular podem integrar a aula e possibilitar a realização de atividades que demandam pesquisa de dados e informações, registro de imagens e sons, auxílio na realização de cálculos, etc.

Até mesmo em atividades fora da escola, o celular pode permitir facilmente o registro, o armazenamento e o compartilhamento de ações, procedimentos, imagens, informações e impressões, como numa visita guiada em que os alunos vão anotando e gravando no aparelho o desenvolvimento e a avaliação da atividade.

É claro que a intensidade, conveniência e eficiência da utilidade do celular como recurso didático precisam levar em conta a faixa etária dos alunos e a pertinência do conteúdo ou atividade desenvolvida. Não se trata, portanto, de seguir um imperativo do uso do celular em toda aula e durante todo o tempo. [...]

Lembrando os versos de Fernando Pessoa (“Sê todo em cada coisa. Põe quanto és/ No mínimo que fazes”), é preciso promover e garantir a presencialidade do aluno durante a aula, valendo-se, inclusive, do uso didático-pedagógico do celular.

SALDANHA, Luís Cláudio Dallier. Disponível em: <http://www.tribunademinas.com.br/celular-na-sala-de-aula-o-desafio-de-estar-inteiro/>. Fragmento.

Questão 7. No último parágrafo desse texto, os parênteses foram usados para

A) apresentar uma indicação de leitura.

B) incluir um dado informativo.

C) inserir uma correção.

D) mostrar um trecho de uma obra.

E) realçar uma informação. 

Alternativa correta: Dmostrar um trecho de uma obra.
Comentário: Os parênteses indicam a citação dos versos do poeta Fernando Pessoa, inseridos como referência literária para apoiar a ideia do texto.

(PAEBES). Leia o texto abaixo. 

Inés Bortagaray capta singularidade de relações familiares em livro

A escritora uruguaia Inés Bortagaray (1975), nascida em Salto Oriental – a mesma cidade do contista Horacio Quiroga (1878-1937) –, acaba de fazer sua estreia no Brasil. Um, Dois e Já guarda com o conterrâneo a preferência pela brevidade e a oscilação entre o realismo e o devaneio. Bortagaray conta a história de uma viagem de férias em família, na virada dos anos 70 para os 80, no Uruguai, numa perspectiva infantil. No banco da frente, o pai e a mãe; atrás, os quatro filhos ainda pequenos, disputando o direito à janela. A narradora do relato é personagem secundária da história que conta: entre os irmãos, ela é a segunda mais jovem. A particularidade está no modo de narrar. O livro é composto de uma série de episódios ou quadros entrecortados pelo adormecimento da menina [...], por uma lembrança. Tudo contado com delicadeza e lirismo. [...]

Em meio aos devaneios da garota, o leitor percebe os ecos da história da época: a guerra das Malvinas, a ditadura uruguaia e o gosto do irmão mais velho pela política. Tudo dito de modo sutil, como se houvesse no livro não apenas uma linguagem e um olhar infantis, mas também uma escuta de criança, com o que isso implica de astúcia e ingenuidade. Ao terminar as breves páginas que compõem o relato, fica a imagem da jovem se confrontando com o mundo com os recursos de que dispõe: sua imaginação, sua capacidade de negociação, suas pernas feias e sua família. [...]

A autora capta das relações familiares o que elas têm de singular: o afeto que se manifesta como zelo ou agressividade, de modo imprevisível. O episódio que melhor demonstra isso é quando todos se reúnem para uma foto, e para tanto testam o disparo automático da câmera. Depois de ficarem tensos diante do olho eletrônico, se dispersam: “Todos respiramos e nos soltamos rapidamente e vamos andando para o carro com algo de pudor e algo de carinho”.

BEZERRA, Wilson Alves. Disponível em: <http://migre.me/qjuPz>. *Adaptado para fins didáticos. Fragmento. 

Questão 8. No último parágrafo desse texto, as aspas foram usadas para 

A) apresentar uma transcrição.

B) expressar um comentário.

C) indicar uma explicação.

D) marcar uma crítica. 

E) reforçar um conceito.

Alternativa correta: Aapresentar uma transcrição.
Comentário: As aspas indicam que o trecho é uma transcrição literal das palavras ou pensamento da narradora ou personagem, trazendo exatamente o que foi dito ou pensado.

(SPAECE). Leia o texto abaixo.  

O eco e a vida: um conto de paz

Certo dia os inimigos se encontraram em uma esquina da vida. Eram dois e viviam batendo de frente. Raiva, impasse e intriga. O primeiro dobrou uma rua. O outro, curvou na que estava, deu uns poucos passos e pensou: 

– Não é possível que isso vá ficar assim... Não, não vou deixar barato. Deu meia volta e começou a seguir o outro, até que este saiu fora da cidade, que ficava entre árvores e montes, ladeada por serras. Queria pegá-lo só para que não houvesse testemunhas. 

E o outro gritou enraivecido: 

– Ei, rapaz! 

E o eco ecoou: 

– Paz... Paz... Paz... 

O primeiro olhou para traz com um sorriso nos lábios e outro no coração. Avistou, ao longe, aquele que lhe interveio e, querendo confirmar o que seus ouvidos ouviram, perguntou em tom ameno, coisa que há muito tempo não existia entre os dois. 

– Tá falando comigo? 

E o eco ecoou:

– Amigo... migo... migo... 

E o outro, perdido naquilo que seria o seu elemento surpresa, respondeu brandamente e com certa comoção: 

– Não, é que eu te vi agora há pouco e queria te perguntar... 

E começaram a dialogar, como há muito tempo não faziam. 

MOREIRA, Maria Aparecida Antunes. Disponível em: <http://www.mundojovem.com.br/datas-comemorativas/amizade/artigo-amizade-o-eco-e-a-vida-um-conto-de-paz.php>.

Questão 9. No trecho “– Paz... Paz... Paz...” (7° parágrafo), as reticências foram usadas para 

A) demonstrar monotonia. 

B) destacar o uso de uma expressão. 

C) indicar o prolongamento do som do eco. 

D) marcar a continuidade de uma ação. 

E) sugerir surpresa. 

Alternativa correta: Cindicar o prolongamento do som do eco.
Comentário: As reticências sugerem que o som da palavra "Paz" se prolonga no ar, como um eco que vai se repetindo e diminuindo aos poucos, reproduzindo o efeito sonoro do eco na narrativa.


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