Questão 1. No texto, a utilização do termo "seca" evoca principalmente:
a) Uma análise técnica do fenômeno climático.
b) A dimensão científica da crise hídrica.
c) Um imaginário coletivo marcado por tragédias e desigualdades.
d) A necessidade de ações governamentais emergenciais.
e) Uma minimização da gravidade da situação.
Resposta correta: c) Um imaginário coletivo marcado por tragédias e desigualdades.
Comentário:
O termo "seca" traz uma carga histórica e emocional forte, remetendo a imagens de sofrimento e dificuldades sociais. Não é uma análise técnica, mas sim uma palavra carregada de sentidos culturais e afetivos.
Questão 2. A expressão "estiagem prolongada" tem como efeito de sentido:
a) Minimizar a gravidade da situação, utilizando uma linguagem técnica.
b) Enfatizar o sofrimento da população afetada pela seca.
c) Pressionar as autoridades a tomarem providências urgentes.
d) Evocar um imaginário coletivo de tragédias e desigualdades.
e) Descrever a situação de forma alarmista.
Resposta correta: a) Minimizar a gravidade da situação, utilizando uma linguagem técnica.
Comentário:
Expressões como "estiagem prolongada" adotam um tom mais científico e distanciado, o que pode suavizar a percepção de gravidade em comparação ao termo "seca", que é mais dramático.
Questão 3. A expressão "crise hídrica" sugere:
a) Um período de baixa pluviosidade. b) Uma variação climática natural.
c) Uma situação que exige medidas emergenciais.
d) Uma descrição técnica e neutra do problema.
e) Uma minimização da gravidade da seca.
Resposta correta: c) Uma situação que exige medidas emergenciais.
Comentário:
"Crise hídrica" sugere urgência e uma situação fora da normalidade, que demanda ações rápidas para evitar maiores problemas, conferindo um sentido de gravidade e mobilização.
Questão 4. A intenção de alguns políticos ao utilizarem expressões como "período de baixa pluviosidade" é:
a) Enfatizar o caráter catastrófico da seca.
b) Minimizar a gravidade da situação.
c) Pressionar as autoridades a tomarem providências.
d) Descrever a situação de forma técnica e precisa.
e) Evocar um imaginário de sofrimento e desigualdade.
Resposta correta: b) Minimizar a gravidade da situação.
Comentário:
Ao usar expressões como "período de baixa pluviosidade" ou "variação climática", alguns políticos buscam suavizar o problema, evitando alarmar a população ou assumir responsabilidade maior.
Questão 5. A análise crítica da linguagem utilizada para descrever a crise hídrica é importante porque:
a) As palavras são neutras e não influenciam a compreensão do público.
b) Apenas os termos técnicos são relevantes para a compreensão do problema.
c) A escolha das palavras influencia a forma como o público entende a situação.
d) Apenas a intenção dos políticos é relevante na escolha das palavras.
e) Apenas a descrição científica do fenômeno é importante.
Resposta correta: c) A escolha das palavras influencia a forma como o público entende a situação.
Comentário:
As palavras não são neutras; elas moldam percepções, atitudes e reações do público diante da crise. Reconhecer isso é fundamental para uma análise crítica e para a formação de opinião consciente.
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
As formigas
Foi a coisa mais bacana a
primeira vez que as formigas conversaram com ele. Foi a que escapuliu de
procissão que conversou: ele estava olhando para ver aonde que ela ia, e aí ela
falou para ele não contar para o padre que ela tinha escapulido – o padre ele
já tinha visto que era o formigão da frente, o maior de todos, andando posudo.
Isso aconteceu numa manhã
de muita chuva em que ele ficara no quentinho das cobertas com preguiça de se
levantar, virado para o outro canto, observando as formigas descendo em fila na
parede. Tinha um rachado ali perto por causa da chuva, era de lá que elas
saíam, a casa delas.
Toda manhã aquela chuva
sem parar, pingando na lata velha lá fora no jardim, barulhinho gostoso que ele
ficava ouvindo, enrolado no cobertor, olhando as formigas e conversando com
elas, o quarto meio escuro, tudo escuro de chuva.
A conversa ficava
interessante quando ele lembrava de perguntar uma porção de coisas e elas
também perguntavam pra ele. (Conversavam baixinho para os outros não
escutarem.) [...]
Uma tarde entrou no quarto
e viu a mancha de cimento novo na parede, brutal, incompreensível.
– Pra que que o senhor fez
isso? Pra que o senhor fez assim com minhas formigas?
O pai não entendia, e o
menino chorando, chorando.
VILELA,
Luiz. Contos da infância e da adolescência. 2. ed. São Paulo: Ática,
2002. Fragmento.
Questão 6. Nesse texto, a repetição “... chorando, chorando.”, (ℓ. 17) sugere
A) atitude fingida.
B) anúncio de rebeldia.
C) progressão da tristeza.
D) sensação de culpa.
E) sinal de fraqueza.
Resposta correta: C) progressão da tristeza.
Comentário:
A repetição da palavra “chorando” reforça a intensidade e a continuidade do choro do menino, indicando que sua tristeza está aumentando ou persistindo. Essa repetição é um recurso literário usado para dar ênfase emocional, mostrando o sofrimento genuíno da criança ao ver o formigueiro destruído. Não indica fingimento, rebeldia, culpa ou fraqueza, mas sim uma manifestação real e profunda de tristeza.
(SAEMS). Leia o texto abaixo.
Vinícius de Moraes
“Dizem, na minha família,
que eu cantei antes de falar. E havia uma cançãozinha que eu repetia e que
tinha um leve tema de sons. Fui criado no mundo da música, minha mãe e minha
avó tocavam piano, eu me lembro de como me machucavam aquelas valsas antigas.
Meu pai também tocava violão, cresci ouvindo música. Depois a poesia fez o
resto.”
Disponível
em: <http://www.aomestre.com.br/liv/autores/vinicius_moraes.htm>.
Questão 7. Nesse texto, a expressão “... cresci ouvindo música. Depois a poesia fez o resto.” sugere que Vinícius
A) destacou-se no cenário musical e
poético.
B) abandonou a música e se dedicou à
poesia.
C) foi criado com a avó, que declamava
belas poesias.
D) foi uma criança famosa, pois cantou
antes de falar.
E) pensou em trabalhar com poesias, mas
preferiu se dedicar à música.
Resposta correta: A) destacou-se no cenário musical e poético.
Comentário:
O texto revela que Vinícius de Moraes teve uma infância permeada pela música e, posteriormente, pela poesia, indicando que ambas as artes tiveram papel importante em sua formação e carreira. A expressão “Depois a poesia fez o resto” sugere que, além da música, a poesia completou sua trajetória artística, o que reforça seu destaque tanto na música quanto na poesia. Não indica abandono da música (B), nem que a avó foi a única influenciadora (C), nem que ele foi famoso na infância (D), tampouco que rejeitou a poesia (E).
(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo
e responda.
Disponível
em: <http://multirinhas.blogspot.com/2009/06/hagar
Questão 8. O destaque dado à palavra
“formal”, associado à expressão facial de Helga, sugere
A) histeria.
B) julgamento.
C) ódio.
D) reprovação.
E) sofrimento.
Resposta correta: D) reprovação.
Comentário:
A palavra “formal” é enfatizada para evidenciar o pedido de adequação no traje, e a expressão facial de Helga (olhar severo, sobrancelhas franzidas) sugere que ela desaprova o que está vendo. Portanto, o destaque e a expressão indicam reprovação, não histeria, ódio ou sofrimento, e o julgamento, embora próximo, é uma atitude mais generalizada, enquanto a reprovação é mais específica à desaprovação da situação.
(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo
e responda.
A melhor amiga do homem
Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas
há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo
bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o
aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado
existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases
causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e
ocupar um espaço precioso para a agricultura.
O truísmo inconveniente é
que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como
desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por
ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente
o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na
base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o
veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em
Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel
econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da
energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi
(1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe
vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por
encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior
rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se
tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas,
principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um
bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a
humanidade deixará de ser onívora.
Revista
Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.
Questão 9. O autor usa a parte pelo todo
para se referir à vaca em:
A) “Acusam-se as chifrudas...”.
B) “...homem e vaca são unha e carne”.
C) “...o papel dos bovinos...”.
D) “...animal sagrado.”.
E) “...nem que a vaca tussa...”.
Enunciado da questão:
O autor usa a parte pelo todo para se referir à vaca em:
O que é "parte pelo todo"?
É uma figura de linguagem chamada sinédoque, em que se usa uma parte para representar o todo ou o todo para representar uma parte.
Analisando as alternativas:
-
A) “Acusam-se as chifrudas...”
Aqui, "chifrudas" (animais que têm chifres) está representando o gado ou as vacas. A palavra "chifrudas" é uma característica (parte) para representar o animal inteiro (vaca). Então esta é uma parte usada para o todo — um exemplo de sinédoque. -
B) “...homem e vaca são unha e carne”
É uma expressão idiomática que indica proximidade, união, mas não é parte pelo todo. -
C) “...o papel dos bovinos...”
Aqui, "bovinos" se refere ao animal como um todo, não é parte pelo todo. -
D) “...animal sagrado.”
Não há parte pelo todo, é uma descrição do animal. -
E) “...nem que a vaca tussa...”
Expressão idiomática, mas não usa parte pelo todo.
Resposta correta:
A) “Acusam-se as chifrudas...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.