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domingo, 10 de agosto de 2025

[GABARITO] D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos - 3º EM

 

Questão 1. No trecho “uma verdadeira ‘revolução’ silenciosa”, o uso das aspas tem o efeito de:

a) Indicar uma citação direta de outro autor.

b) Enfatizar a magnitude da transformação.

c) Expressar ironia ou descrença em relação à mudança.

d) Destacar um termo estrangeiro.

e) Indicar uma gíria ou expressão popular.

1. C. O uso das aspas em “revolução” indica que o autor está utilizando o termo com certa reserva, talvez questionando se a mudança é realmente tão radical quanto se propaga. Não se trata de uma citação, ênfase completa (como seria o negrito ou letras maiúsculas sem aspas), termo estrangeiro ou gíria.

Questão 2. A repetição da palavra “leitura” ao longo do texto tem a função de:

a) Enfatizar a importância da leitura, independentemente do formato.

b) Demonstrar a pobreza vocabular do autor.

c) Criar um ritmo lento e monótono no texto.

d) Confundir o leitor com a repetição excessiva.

e) Indicar uma contradição no argumento apresentado.

2. A. A repetição da palavra “leitura” funciona como uma anáfora, reforçando a ideia central do texto: a importância do ato de ler, independentemente do suporte. As outras alternativas não se aplicam ao contexto.

Questão 3. A expressão “A IMERSÃO na história”, escrita em maiúsculas no último parágrafo, busca:

a) Corrigir um erro gramatical anterior.

b) Introduzir um novo argumento no texto.

c) Destacar a essência da experiência de leitura.

d) Indicar uma citação de um livro famoso.

e) Criticar a leitura em formato digital.

3. C. A capitalização em “A IMERSÃO na história” serve para enfatizar a ideia de que o mais importante na leitura é a experiência de se envolver com a narrativa, e não o formato em si.

Questão 4. A frase “Essa dicotomia entre o físico e o digital gera discussões apaixonadas no meio literário” apresenta:

a) Uma comparação entre dois elementos.

b) Uma metáfora sobre o mercado editorial.

c) Uma personificação dos livros.

d) Uma enumeração de vantagens e desvantagens.

e) Uma oposição entre duas ideias.

4. E. A frase apresenta uma oposição clara entre “o físico” (livros impressos) e “o digital” (e-books), mostrando a dualidade presente no debate literário.

Questão 5. No trecho “Imagine carregar centenas de obras em um único dispositivo leve e compacto”, a forma verbal “Imagine” tem o objetivo de:

a) Dar uma ordem ao leitor.

b) Fazer uma crítica à tecnologia.

c) Apresentar uma possibilidade, convidando o leitor a refletir.

d) Descrever uma ação que já aconteceu.

e) Narrar um fato histórico.

5. C. O verbo “Imagine” no imperativo, nesse contexto, não expressa uma ordem, mas sim um convite à reflexão, uma sugestão para que o leitor visualize a praticidade dos livros digitais.

 Leia o texto abaixo e responda.

 A raposa e as uvas

Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos maduros, coisas de fazer vir água à boca. Mas tão altos que nem pulando.

O matreiro bicho torceu o focinho:

– Estão verdes – murmurou – Uvas verdes, só para cachorros.

E foi-se.

Nisto deu um vento e uma folha caiu.

A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa e pôs-se a farejar...

Quem desdenha quer comprar.

LOBATO, Monteiro. Fábulas. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1973. p. 47.

 Questão 6. Nesse texto, a palavra “carregadinha” tem a ver com

A) o sabor das frutas.

B) a altura da parreira.

C) o tamanho dos cachos.

D) o estado das uvas: madurinhas.

E) a quantidade de uvas produzidas.

Gabarito comentado:

A palavra “carregadinha” é um adjetivo que indica que a parreira está “carregada”, ou seja, cheia, com muitos cachos de uvas. Portanto, ela se refere à quantidade de uvas que a parreira tem, e não ao sabor, altura, tamanho ou estado das frutas.

No texto, a raposa encontrou uma parreira “carregadinha de lindos cachos maduros”, o que indica que a parreira estava cheia de uvas, em grande quantidade.

Assim, a alternativa correta é a letra E.

 (PROEB). Leia o texto abaixo. 

Texto

O conteúdo gerado por IA pode estar incorreto.

Jornal Folha de São Paulo, 27/04/2005.

 Questão 7. O recado “anti-EUA”, gravado por Chávez, indica que o presidente se manifesta em

A) sintonia com os EUA.

B) oposição aos EUA.

C) lugar dos EUA.

D) contato com os EUA.

E) direção aos EUA.

Gabarito Comentado:

A alternativa correta é a letra B: oposição aos EUA.

Justificativa:

  • A palavra “anti-EUA” indica um posicionamento contrário ou contrário aos Estados Unidos (EUA). O prefixo "anti-" significa "contra" ou "oposição a".

  • No contexto do recado gravado por Chávez, fica claro que ele está emitindo uma mensagem que se posiciona contra a política ou a influência dos EUA, ou seja, em oposição a eles.

  • As outras opções não correspondem ao sentido da palavra “anti”:

    • A) “Sintonia com os EUA” indicaria concordância ou alinhamento, que é o oposto do que o prefixo “anti-” sugere.

    • C) “Lugar dos EUA” não faz sentido no contexto da expressão.

    • D) “Contato com os EUA” indica comunicação, o que não é o foco da expressão.

    • E) “Direção aos EUA” também não corresponde ao sentido de oposição indicado pelo prefixo “anti-”.

Portanto, a alternativa que melhor interpreta a expressão “recado anti-EUA” é a letra B, pois demonstra que o presidente Chávez se manifesta em oposição aos Estados Unidos.

(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.

 Coisas do mundo

A juventude é realmente uma fase encantadora. Descobrir o mundo, experimentar, buscar novos horizontes, desvendar os mistérios da vida... Enfim, a primeira vez a gente nunca esquece! Seja lá qual for a novidade, é absolutamente inebriante esse momento da descoberta.

As coisas que acontecem na adolescência ficam impressas na memória, na pele, na alma e, geralmente, nos remetem às melhores coisas do mundo.

PAULA, Maria. Crônica da revista. In: REVISTA DO CORREIO. 2 mai. 2010, p, 37. Fragmento.

 Patricinhas do skate

De unhas pintadas e roupas da moda, elas enterram o estereótipo rebelde. Você já deve ter se deparado com uma delas. Estão sempre de unhas pintadas, cabelo arrumado, calça de cintura baixa e camiseta baby look. Nas mãos, o longboard – a versão mais comprida do skate tradicional. Sim, essas princesinhas estão se fazendo notar por aí. Por muito tempo, o visual das skatistas foi propositalmente desleixado. Usavam camisetas de bandas hardcore, bermudões no joelho e tênis rasgados, que misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho.

 Agora, as novas skatistas têm cara de saudáveis, roupas limpinhas e pouca afinidade com as manobras radicais do skate. “Não é porque eu estou andando de skate que vou mudar meu estilo”, diz Mitzi Iannibelli, 18, que adora reggae e faz as unhas toda semana – “sempre quadradas e sem cutícula’’. Mitzi se diz adepta do estilo mulherzinha, que ela define como “short com a barriga de fora e camisa baby look’’. Recém-formada em estilismo, Amanda Assunção, 21, também critica o guarda-roupa rebelde: “Aquelas roupas grunges não tem nada a ver. Não gosto de estar largadona’’, diz, ajeitando o colar de pedrinhas azuis no pescoço.

O que se vê nas ruas já chama atenção das lojas especializadas. Na Kelly Connection, na Galeria River (Arpoador), de cada 10 skates vendidos, 7 são comprados por mulheres. “É impressionante como tem menina começando’’, diz Nathalia Despinoy, 29, dona da loja e skatista amadora. Segundo afirma, houve uma mudança notável no perfil das skatistas: “Elas têm um envolvimento menor com o esporte, não usam nada muito louco, nada grunge.’’

As novas skatistas divergem de suas antecessoras até no gosto musical. Dead Kennedys e Pennywise já não têm mais lugar no porta-CDs, que guarda agora discos de Bob Marley, Billie Hollyday, Natiruts, Cássia Eller e Marisa Monte. Além do visual e da música, as longboarders têm uma relação menos profissional com o skate, em que a performance não é tão importante. Isabelle Valdes, 21, gosta de descer as Paineiras no seu long. Mas não faz pose e assume que só encara a versão light da descida. “Lá de cimão, eu ainda não tenho coragem’’, diz. 

 Jornal do Brasil. Disponível em:<http://quest1.jb.com.br/jb/papel/cadernos/domingo/2001/07/07/jordom20010707005.html>

 Questão 8. No trecho “Usavam camisetas de bandas hardcore, bermudões no joelho e tênis rasgados, que misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho.”, o diminutivo é utilizado com o intuito de

A) demonstrar ternura e afeto pelas garotas que se vestem desse modo.

B) fazer uma crítica às garotas que se vestem como rebeldes, mas não são.

C) identificar as patricinhas skatistas como sendo mais saudáveis e limpas.

D) indicar uma progressão de alguém novato para outro mais experiente.

E) referir-se ao tamanho das garotas.

 Gabarito comentado:

O uso do diminutivo em “rebeldezinho” não tem a função de indicar tamanho nem demonstrar carinho, nem indicar progresso, tampouco descrever o perfil das patricinhas skatistas.

No contexto do texto, o diminutivo serve para amenizar e minimizar a intensidade do comportamento rebelde dessas garotas, sugerindo que a “rebeldia” delas é leve, superficial, quase uma imitação, e não uma rebeldia verdadeira ou contundente.

Ou seja, o diminutivo tem efeito de crítica velada, mostrando que a rebeldia delas é pouco ameaçadora, uma rebeldia de brincadeira, quase um “rebeldezinho” — uma atitude que parece mais aparência do que algo genuíno.

Portanto, a alternativa correta é a B.

(2ª P.D – Seduc-GO). Leia o texto abaixo e responda. 


Trem de ferro


Café com pão 

Café com pão 

Café com pão 

Virge maria que foi isso maquinista? 

Agora sim 

Café com pão 

Agora sim 

Voa, fumaça 

Corre, cerca 

Ai seu foguista 

Bota fogo 

Na fornalha 

Que eu preciso 

Muita força 

Muita força 

Muita força 

Oô... 

Menina bonita 

Do vestido verde 

Me dá tua boca 

Pra matá minha sede 

Oô... 

Vou mimbora 

Vou mimbora 

Não gosto daqui 

Nasci no sertão 

Sou de Ouricuri 

Oô... 

Vou depressa 

Vou correndo 

Vou na toda 

Que só levo 

Pouca gente

Pouca gente 

Pouca gente... 

BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. 


A expressão “café com pão”, repetida por três vezes no início do poema, sugere 

A) o barulho do trem. 

B) a voz do maquinista. 

C) a conversa dos passageiros. 

D) a voz da menina bonita. 

E) o linguajar do povo do sertão. 

Gabarito comentado:

No poema, a repetição da expressão “café com pão” não representa um diálogo específico nem uma conversa entre pessoas, nem o barulho do trem. Trata-se de uma expressão típica do linguajar popular do sertão, remetendo a um jeito simples e cotidiano de falar.

Essa repetição cria uma musicalidade e um ritmo no poema que lembram as expressões comuns usadas pelo povo do interior, especialmente na região de origem do eu lírico (como indicado pela referência a Ouricuri, cidade do sertão pernambucano).

Assim, a expressão funciona como um elemento que traz autenticidade ao poema, reforçando o ambiente regional e a voz do narrador.

Portanto, a alternativa correta é a letra E.


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