Questão 1. No trecho “uma verdadeira ‘revolução’ silenciosa”, o uso das aspas tem o efeito de:
a) Indicar uma citação direta de outro autor.
b) Enfatizar a magnitude da transformação.
c) Expressar ironia ou descrença em relação à mudança.
d) Destacar um termo estrangeiro.
e) Indicar uma gíria ou expressão popular.
1. C. O uso das aspas em “revolução” indica que o autor está utilizando o termo com certa reserva, talvez questionando se a mudança é realmente tão radical quanto se propaga. Não se trata de uma citação, ênfase completa (como seria o negrito ou letras maiúsculas sem aspas), termo estrangeiro ou gíria.
Questão 2. A repetição da palavra “leitura” ao longo do texto tem a função de:
a) Enfatizar a importância da leitura, independentemente do formato.
b) Demonstrar a pobreza vocabular do autor.
c) Criar um ritmo lento e monótono no texto.
d) Confundir o leitor com a repetição excessiva.
e) Indicar uma contradição no argumento apresentado.
2. A. A repetição da palavra “leitura” funciona como uma anáfora, reforçando a ideia central do texto: a importância do ato de ler, independentemente do suporte. As outras alternativas não se aplicam ao contexto.
Questão 3. A expressão “A IMERSÃO na história”, escrita em maiúsculas no último parágrafo, busca:
a) Corrigir um erro gramatical anterior.
b) Introduzir um novo argumento no texto.
c) Destacar a essência da experiência de leitura.
d) Indicar uma citação de um livro famoso.
e) Criticar a leitura em formato digital.
3. C. A capitalização em “A IMERSÃO na história” serve para enfatizar a ideia de que o mais importante na leitura é a experiência de se envolver com a narrativa, e não o formato em si.
Questão 4. A frase “Essa dicotomia entre o físico e o digital gera discussões apaixonadas no meio literário” apresenta:
a) Uma comparação entre dois elementos.
b) Uma metáfora sobre o mercado editorial.
c) Uma personificação dos livros.
d) Uma enumeração de vantagens e desvantagens.
e) Uma oposição entre duas ideias.
4. E. A frase apresenta uma oposição clara entre “o físico” (livros impressos) e “o digital” (e-books), mostrando a dualidade presente no debate literário.
Questão 5. No trecho “Imagine carregar centenas de obras em um único dispositivo leve e compacto”, a forma verbal “Imagine” tem o objetivo de:
a) Dar uma ordem ao leitor.
b) Fazer uma crítica à tecnologia.
c) Apresentar uma possibilidade, convidando o leitor a refletir.
d) Descrever uma ação que já aconteceu.
e) Narrar um fato histórico.
5. C. O verbo “Imagine” no imperativo, nesse contexto, não expressa uma ordem, mas sim um convite à reflexão, uma sugestão para que o leitor visualize a praticidade dos livros digitais.
Leia o texto abaixo e responda.
A raposa e as uvas
Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de
lindos cachos maduros, coisas de fazer vir água à boca. Mas tão altos que nem
pulando.
O matreiro bicho torceu o focinho:
– Estão verdes – murmurou – Uvas verdes, só para cachorros.
E foi-se.
Nisto deu um vento e uma folha caiu.
A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa e pôs-se a
farejar...
Quem desdenha quer comprar.
LOBATO,
Monteiro. Fábulas. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1973. p. 47.
Questão 6. Nesse texto, a palavra “carregadinha” tem a ver com
A)
o sabor das frutas.
B)
a altura da parreira.
C)
o tamanho dos cachos.
D)
o estado das uvas: madurinhas.
E)
a quantidade de uvas produzidas.
Gabarito comentado:
A palavra “carregadinha” é um adjetivo que indica que a parreira está “carregada”, ou seja, cheia, com muitos cachos de uvas. Portanto, ela se refere à quantidade de uvas que a parreira tem, e não ao sabor, altura, tamanho ou estado das frutas.
No texto, a raposa encontrou uma parreira “carregadinha de lindos cachos maduros”, o que indica que a parreira estava cheia de uvas, em grande quantidade.
Assim, a alternativa correta é a letra E.
(PROEB). Leia o texto abaixo.
Jornal
Folha de São Paulo, 27/04/2005.
Questão 7. O recado “anti-EUA”, gravado por Chávez, indica que o presidente se manifesta em
A)
sintonia com os EUA.
B)
oposição aos EUA.
C)
lugar dos EUA.
D)
contato com os EUA.
E)
direção aos EUA.
Gabarito Comentado:
A alternativa correta é a letra B: oposição aos EUA.
Justificativa:
-
A palavra “anti-EUA” indica um posicionamento contrário ou contrário aos Estados Unidos (EUA). O prefixo "anti-" significa "contra" ou "oposição a".
-
No contexto do recado gravado por Chávez, fica claro que ele está emitindo uma mensagem que se posiciona contra a política ou a influência dos EUA, ou seja, em oposição a eles.
-
As outras opções não correspondem ao sentido da palavra “anti”:
-
A) “Sintonia com os EUA” indicaria concordância ou alinhamento, que é o oposto do que o prefixo “anti-” sugere.
-
C) “Lugar dos EUA” não faz sentido no contexto da expressão.
-
D) “Contato com os EUA” indica comunicação, o que não é o foco da expressão.
-
E) “Direção aos EUA” também não corresponde ao sentido de oposição indicado pelo prefixo “anti-”.
-
Portanto, a alternativa que melhor interpreta a expressão “recado anti-EUA” é a letra B, pois demonstra que o presidente Chávez se manifesta em oposição aos Estados Unidos.
(3ª
P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.
Coisas do mundo
A juventude é realmente uma fase encantadora. Descobrir o mundo,
experimentar, buscar novos horizontes, desvendar os mistérios da vida... Enfim,
a primeira vez a gente nunca esquece! Seja lá qual for a novidade, é
absolutamente inebriante esse momento da descoberta.
As coisas que acontecem na adolescência ficam impressas na
memória, na pele, na alma e, geralmente, nos remetem às melhores coisas do
mundo.
PAULA,
Maria. Crônica da revista. In: REVISTA DO CORREIO. 2 mai. 2010, p, 37.
Fragmento.
Patricinhas do skate
De unhas pintadas e roupas
da moda, elas enterram o estereótipo rebelde. Você já deve ter se deparado com
uma delas. Estão sempre de unhas pintadas, cabelo arrumado, calça de cintura
baixa e camiseta baby look. Nas mãos, o longboard – a versão mais comprida do
skate tradicional. Sim, essas princesinhas estão se fazendo notar por aí. Por
muito tempo, o visual das skatistas foi propositalmente desleixado. Usavam
camisetas de bandas hardcore, bermudões no joelho e tênis rasgados, que
misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho.
Agora, as novas skatistas têm cara de
saudáveis, roupas limpinhas e pouca afinidade com as manobras radicais do
skate. “Não é porque eu estou andando de skate que vou mudar meu estilo”, diz
Mitzi Iannibelli, 18, que adora reggae e faz as unhas toda semana – “sempre
quadradas e sem cutícula’’. Mitzi se diz adepta do estilo mulherzinha, que ela
define como “short com a barriga de fora e camisa baby look’’. Recém-formada em
estilismo, Amanda Assunção, 21, também critica o guarda-roupa rebelde: “Aquelas
roupas grunges não tem nada a ver. Não gosto de estar largadona’’, diz,
ajeitando o colar de pedrinhas azuis no pescoço.
O que se vê nas ruas já
chama atenção das lojas especializadas. Na Kelly Connection, na Galeria River
(Arpoador), de cada 10 skates vendidos, 7 são comprados por mulheres. “É
impressionante como tem menina começando’’, diz Nathalia Despinoy, 29, dona da loja
e skatista amadora. Segundo afirma, houve uma mudança notável no perfil das
skatistas: “Elas têm um envolvimento menor com o esporte, não usam nada muito
louco, nada grunge.’’
As novas skatistas
divergem de suas antecessoras até no gosto musical. Dead Kennedys e Pennywise
já não têm mais lugar no porta-CDs, que guarda agora discos de Bob Marley,
Billie Hollyday, Natiruts, Cássia Eller e Marisa Monte. Além do visual e da
música, as longboarders têm uma relação menos profissional com o skate, em que
a performance não é tão importante. Isabelle Valdes, 21, gosta de descer as
Paineiras no seu long. Mas não faz pose e assume que só encara a versão light
da descida. “Lá de cimão, eu ainda não tenho coragem’’, diz.
Jornal do Brasil. Disponível em:<http://quest1.jb.com.br/jb/papel/cadernos/domingo/2001/07/07/jordom20010707005.html>
Questão 8. No trecho “Usavam camisetas de bandas hardcore, bermudões no joelho e tênis rasgados, que misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho.”, o diminutivo é utilizado com o intuito de
A) demonstrar ternura e afeto pelas
garotas que se vestem desse modo.
B) fazer uma crítica às garotas que se
vestem como rebeldes, mas não são.
C) identificar as patricinhas skatistas
como sendo mais saudáveis e limpas.
D) indicar uma progressão de alguém
novato para outro mais experiente.
E) referir-se ao tamanho das garotas.
Gabarito comentado:
O uso do diminutivo em “rebeldezinho” não tem a função de indicar tamanho nem demonstrar carinho, nem indicar progresso, tampouco descrever o perfil das patricinhas skatistas.
No contexto do texto, o diminutivo serve para amenizar e minimizar a intensidade do comportamento rebelde dessas garotas, sugerindo que a “rebeldia” delas é leve, superficial, quase uma imitação, e não uma rebeldia verdadeira ou contundente.
Ou seja, o diminutivo tem efeito de crítica velada, mostrando que a rebeldia delas é pouco ameaçadora, uma rebeldia de brincadeira, quase um “rebeldezinho” — uma atitude que parece mais aparência do que algo genuíno.
Portanto, a alternativa correta é a B.
(2ª P.D – Seduc-GO). Leia o texto abaixo e responda.
Trem de ferro
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge maria que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora
Vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.
A expressão “café com pão”, repetida por três vezes no início do poema, sugere
A) o barulho do trem.
B) a voz do maquinista.
C) a conversa dos passageiros.
D) a voz da menina bonita.
E) o linguajar do povo do sertão.
Gabarito comentado:
No poema, a repetição da expressão “café com pão” não representa um diálogo específico nem uma conversa entre pessoas, nem o barulho do trem. Trata-se de uma expressão típica do linguajar popular do sertão, remetendo a um jeito simples e cotidiano de falar.
Essa repetição cria uma musicalidade e um ritmo no poema que lembram as expressões comuns usadas pelo povo do interior, especialmente na região de origem do eu lírico (como indicado pela referência a Ouricuri, cidade do sertão pernambucano).
Assim, a expressão funciona como um elemento que traz autenticidade ao poema, reforçando o ambiente regional e a voz do narrador.
Portanto, a alternativa correta é a letra E.
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