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domingo, 2 de novembro de 2025

[GABARITO] D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto - 3º EM

 


Questão 1. (Prova Brasil). Leia o texto abaixo: 

O homem que entrou pelo cano 

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira.

Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante. 

No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. 

Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”. 

Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto. BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89. 

Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da pia.” (ℓ. 9), o verbo empregado representa, no contexto, uma marca de: 

A) registro oral formal. 

B) registro oral informal. 

C) falar regional. 

D) falar caipira.

Gabarito B

Questão 2. (Prova Brasil). Leia o texto abaixo: 

A velha Contrabandista 

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha. 

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela: 

– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco? 

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontologista, e respondeu: 

– É areia! [...] 

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. [...] Diz que foi aí que o fiscal se chateou: 

– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. 

Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista. 

– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: 

– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias? 

– O senhor promete que não “espia”? – quis saber a velhinha. 

– Juro – respondeu o fiscal.

 – É lambreta. 

Disponível em: http://pt.shvoong.com/books/1647797-velha-contrabandista/

 Esse texto é engraçado porque 

A) o policial estava desconfiado da velhinha. 

B) o objeto contrabandeado era a lambreta. 

C) a velhinha tinha poucos dentes na boca. 

D) a velhinha carregava um saco de areia. 

Gabarito B

Questão 3. Leia o texto abaixo. 

Três de Julho – 1957 

Agradeço a Deus a alegria de estar à frente do governo de Montes Claros na passagem do primeiro centenário da criação desta cidade. Nestes dias de festas, o meu pensamento se volta para aqueles que plantaram nos chapadões sertanejos a semente da cidade querida — que é, hoje, motivo de orgulho para todos nós. Saudemos com emoção os pioneiros do progresso de Montes Claros. A sombra tutelar daqueles que vieram antes de nós — que lutaram e sofreram sob os nossos céus lavados e límpidos — Montes Claros cresce. É através da lição dos batalhadores de ontem, que recolhemos o exemplo e o estimulo que nos dão coragem e fé para o prosseguimento da jornada. Na comemoração do centenário da cidade, queremos abraçar todos os filhos desta terra. O nosso abraço é também para aqueles que vieram de longe e vivem entre nós, amando e servindo  a cidade generosa e hospitaleira, que os acolheu com carinho. Aos visitantes ora entre nós e que prestigiam, com a sua presença, a celebração de centenário de Montes Claros o nosso agradecimento e a nossa saudação afetuosa. Cem anos. Rejuvenescida, palpitante de seiva e de vigor, cheia de vida, atinge a cidade de Montes Claros o seu primeiro centenário. 

 Nesta oportunidade, renovemos o compromisso de bem servi-la. 

 Geraldo Athayde – Prefeito Municipal de Montes Claros. 

Observando a linguagem do texto, podemos dizer que: 

A) é a mais adequada para ser usada por todos os brasileiros. 

B) a língua sofre variações nos grupos sociais, no tempo e no espaço. 

C) é muito usada no cotidiano dos professores das escolas brasileiras. 

D) normalmente é empregada por jornalistas em jornais impressos


Questão 4.(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.

Texto 

Perda da biodiversidade

Ao redor do mundo, a biodiversidade (definida como o total da variedade da vida) está diminuindo. Ainda que não se saiba com exatidão quantas espécies existem na Terra, calcula-se que haja de 5 a 50 milhões de espécies, das quais só se tem registro de 1.750.000, aproximadamente. Baseando-se na atual taxa de perda de espécies no planeta, estima-se que no ano 2000 um décimo de todas as espécies já havia desaparecido e essa proporção ascenderia a um terço em 2020.

Por isso, a perda da biodiversidade é um dos problemas ambientais mais graves do planeta. Além das considerações em termos éticos e estéticos da conservação das espécies, da sua preservação e dos ecossistemas, o presente e o futuro do ser humano também dependem da obtenção de alimento, matéria-prima e compostos químicos para medicamentos, assim como a manutenção de processos como o equilíbrio dos gases atmosféricos, o clima e a conservação de solos. De fato, foi demonstrado que a alteração e a perda de biodiversidade dos habitats naturais, ocasionadas por atividades antropogênicas, afetam negativamente as funções dos ecossistemas, que são encarregadas de prover serviços ambientais, tanto das demais espécies silvestres como do ser humano.

Disponível em: <http://www.micromacro.tv/pdfs/saber_mas_portugues/biodiversidade/27perda_de_biodiversidade.pdf>.

Acesso em: 29 jun.2011. Fragmento.


No Texto , no trecho “... foi demonstrado que a alteração e a perda de biodiversidade dos habitats naturais, ocasionadas por atividades antropogênicas,...” (ℓ. 22-23) predomina a linguagem representativa da área

A) biológica.

B) econômica.

C) jornalística.

D) médica.

E) política.

Questão 5. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

ABREU, Casimiro. IN: CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira. v. 2. São Paulo: Difel, 1968, p. 44.


A visão romântica que se evidencia nesse texto é

A) a desilusão amorosa.

B) a exaltação da morte.

C) o amor irrealizado.

D) o retorno à infância.

E) o retorno ao passado.


Questão 6. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Quanta pressa!

Como vc é apressada! Não lembra que eu disse antes de vc viajar que eu ia pra fazenda do meu avô? Quem mandou não dar notícias antes d’eu ir pra lá?!?!?!:-O

Vc sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção no que eu falo?

Quando ficar mais calma eu tc mais, tá legal?

:-*

Mônica

PINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo: Salesiana, 2006. Fragmento. 


Nesse texto, predomina a linguagem característica do meio

A) acadêmico.

B) esportivo.

C) jurídico.

D) político.

E) virtual.


Questão 7. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Canções com Mamonas Assassinas e Maria Rita retratam tipos urbanos femininos

As canções têm a particularidade de fazer, na conjunção letra e música, um retrato do cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de falar, personagens, tipos característicos de determinados momentos, lugares, classes, comunidades.

Seja qual for o estilo, a canção motiva uma escuta que possibilita um contato quase que de primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e estabelecem com ele um diálogo que tematiza, de maneira explícita ou não, valores sociais, culturais, morais. 

Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na poesia e nas artes em geral, tem povoado as canções, aparecendo como “divina e graciosa/estrela majestosa”, “mulher de verdade”, “mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas mulheres que só dizem sim”, “Marina morena” etc. Se a lista nunca se acaba, as mulheres encarnadas pelas canções dizem muito sobre os costumes e os valores de uma época, revelando concepções de feminino. Maria do Socorro, recente composição de Edu Krieger, cantada por Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos, composição de Dinho, do saudoso grupo Mamonas Assassinas, dimensionam a maneira como dois tipos urbanos entram para a galeria das mulheres brasileiras retratadas pela música popular. Essas canções mostram, cada uma a seu modo, o lugar assumido pelo observador para estabelecer um enquadramento, delineando, sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes que as materializam.

BRAIT, Beth. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12096>. Acesso em: 14 jan. 2011. Fragmento. 


Na linha 12 desse texto, a palavra “mina” é representativa da linguagem

A) coloquial.

B) jornalística.

C) literária.

D) padrão.

E) técnica.


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Questão 8. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Diários

Os livros que mais me falam são os diários. Diários são registros de experiências comuns acontecidas na simplicidade do cotidiano, experiências que provavelmente nunca se transformaram em livros. Não foram registradas para ser dadas a público. Quem as registrou, as registrou para si mesmo – como se desejasse capturar um momento efêmero que, se não fosse registrado, se perderia em meio à avalanche de banalidades que nos enrola e nos leva de roldão. Esse é o caso do Cadernos da Juventude, de Camus, um dos livros que mais amo, e que leio e releio sem nunca me cansar. Um “diário” é uma tentativa de preservar para a eternidade o que não  passou de um momento. Álbuns de retratos da intimidade. Pois eu fiz um “Diário”: pensamentos breves que pensei ao correr da vida e dos quais não me esqueci. Pensamentos são como pássaros que vêm quando querem e pousam em nosso ombro. Não, eles não vêm quando os chamamos. Vêm quando desejam vir. E se não os registramos, voam para nunca mais. Isso acontece com todo mundo. Só que as pessoas, achando que a literatura se faz com pássaros grandes e extraordinários, tucanos e pavões, não ligam para as curruíras e tico-ticos... Mas é precisamente com curruíras e tico-ticos que a vida é feita

ALVES, Rubem. Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola, 2003, p. 51. 


Nesse texto, a linguagem utilizada é

A) jornalística.

B) jurídica.

C) literária.

D) médica.

E) política.


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Questão 9. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Onde trabalhar

O perito tem quatro possibilidades de emprego:

• ser contratado por uma empresa de consultoria, que é chamada quando pinta um problema em outra empresa;

• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que mantém seu próprio corpo de especialistas;

• ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal ou por alguma pessoa ou empresa para trabalhar num caso específico;

• trabalhar em uma empresa para fazer segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os sistemas antes de serem atacados por hackers.

Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22. 


No Texto, há uma palavra representativa de linguagem coloquial em:

A) “ser contratado por uma empresa de consultoria,”.

B) “que é chamado quando pinta um problema...”.

C) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,”.

D) “ser autônomo e ser convocado pelo juíz de um tribunal...”.

E) “proteger os sistemas antes de serem atacados por hackers.”.


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Questão 10. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Mundo grande

Não, meu coração não é maior que o mundo.

É muito menor.

Nele não cabem nem as minhas dores.

Por isso gosto tanto de me contar.

Por isso me dispo.

Por isso me grito,

por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:

preciso de todos.


Sim, meu coração é muito pequeno.

Só agora vejo que nele não cabem os homens.

Os homens estão cá fora, estão na rua.

A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.

Mas também a rua não cabe todos os homens.

A rua é menor que o mundo.

O mundo é grande.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Mundo Grande. Disponível em: <http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_

comentarios/m/mundo_grande_poema_drummond>. Acesso em: 9 nov. 2011.


A tipologia textual predominante nesse texto é

A) argumentativa.

B) descritiva.

C) dialogal.

D) injuntiva.

E) poética.


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