Questão 1. Com base no texto, o que significa a palavra "opulentas" no contexto da frase?
A) Simples e comuns.
B) Exuberantes e luxuosas.
C) Delicadas e frágeis.
D) Escuras e apagadas.
Gabarito comentado
Letra B) Exuberantes e luxuosas.
Para inferir o significado de "opulentas", o contexto oferece pistas: as flores foram comparadas a joias, sugerindo algo valioso e impressionante. Além disso, palavras como "vibrantes" reforçam a ideia de algo marcante e luxuoso. Assim, "exuberantes e luxuosas" é a melhor opção.
Questão 2. O uso da expressão “finalmente”, no primeiro quadrinho, indica que a arrumação foi:
A) completa.
B) corrida.
C) demorada.
D) má feita.
Gabarito comentado
A alternativa correta é a C) demorada.
- Finalmente: A palavra "finalmente" indica que a ação de arrumar levou um tempo considerável para ser concluída.
- Que trabalhão: A expressão "que trabalhão" também sugere que a tarefa exigiu esforço e tempo.
As outras alternativas não se encaixam no contexto:
- A) Completa: A tirinha não dá indícios de que a arrumação foi completa, apenas que finalmente terminou.
- B) Corrida: Se a arrumação fosse corrida, a personagem não teria se referido a ela como um "trabalhão".
- D) Mal feita: A frase "quarto limpinho" indica que a arrumação foi bem feita, e não mal feita.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
Pã, uma divindade rural
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente.
Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a solidão desses lugares predispunham as
pessoas a medos e superstições. Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a Pã e chamados de pânico.
Fonte: Thomas Bulfinch. O livro de ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 1967
Questão 3. Em “(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque” refere-se
A) às montanhas.
B) aos vales.
C) aos bosques.
D) às matas.
Gabarito comentado
Letra D) às matas.
Explicação: A expressão "desses lugares" refere-se ao termo "as matas", mencionado anteriormente na oração "Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite". Isso ocorre porque o pronome demonstrativo "desses" retoma o substantivo "matas", estabelecendo uma relação de coesão textual.
Questão 4. Para causar o humor no texto, seu produtor se utiliza de um jogo de sentidos no uso da expressão “PETRÓLEO REFINADO”. Um dos sentidos possíveis para a palavra destacada é petróleo
(A) estruturado.
(B) mal humorado.
(C) diversificado.
(D) bem educado.
Gabarito comentado
Letra D) bem educado.
Explicação: O humor na tirinha ocorre devido ao duplo sentido da expressão "petróleo refinado". No contexto industrial, "refinado" refere-se ao petróleo que passou pelo processo de refino para remover impurezas e se tornar utilizável. No entanto, a palavra "refinado" também pode significar alguém educado, polido e elegante.
Na tirinha, o petróleo que jorra do poço se descreve como rude e sem modos, e os trabalhadores comentam ironicamente que "não é um petróleo refinado", fazendo um trocadilho entre os dois significados da palavra.
(Curvelo). Leia o texto para responder a questão a seguir:
ANA HICKMANN E A HUMANIDADE SITIADA
Duas reportagens publicadas na Folha de S. Paulo na semana passada são chocantes pelo que revelam – e pelo despudor com que revelam. A primeira saiu na coluna de Mônica Bergamo. E conta sobre o "produto" Ana Hickmann. A outra é uma matéria sobre uma reunião do Conselho Comunitário de Segurança de Santa Cecília, em São Paulo, assinada por Afonso Benites. Nela, moradores e comerciantes anunciaram uma campanha oposta àquela com que Betinho uniu o país nos anos 90: a deles é para pressionar ONGs e restaurantes a parar de dar comida aos sem-teto que vivem nas calçadas. Nesta, que pode ser chamada de “campanha pela fome”, ou os mendigos morrem de inanição ou vão assombrar ruas fora das fronteiras do bairro.
Pelas reportagens, descobrimos que Ana Hickmann, a modelo e apresentadora da Record, é uma coisa, decidiu ser uma coisa. E que os bons cidadãos de Santa Cecília consideram os mendigos não uma coisa, mas gente. É por ser gente – e não coisas – que devem ser expulsos. Ou desinfetados, como anunciou uma comerciante. Com o despudor de quem tem a certeza de que está do lado certo da força, ela contou que lança desinfetante nos que vivem em frente à sua loja.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI145776-15230,00-ANA+HICKMANN+E+A+HUMANIDADE+SITIADA.html
Questão 5. O uso da palavra “coisa” no texto tem o sentido de
A) elogiar a modelo e apresentadora Ana Hickmann.
B) denunciar a “campanha pela fome” em São Paulo.
C) defender os mendigos expulsos por comerciantes.
D) criticar a comparação de uma pessoa a um objeto.
Gabarito comentado
Letra D) criticar a comparação de uma pessoa a um objeto.
Explicação: No texto, o autor usa a palavra "coisa" para enfatizar a desumanização da modelo Ana Hickmann, que decidiu transformar-se em um "produto". Ao mesmo tempo, há um contraste com os moradores de rua, que, ao serem considerados "gente", são tratados com hostilidade e expulsos. O uso de "coisa" tem um tom crítico, pois compara a modelo a um objeto e expõe a forma como a sociedade desvaloriza ou descarta pessoas conforme sua utilidade ou aparência.
Questão 6. O significado da palavra “avariados” é
A) de largura maior.
B) de tamanho maior.
C) com material pesado.
D) apresentados com danificações.
Gabarito comentado
Letra D) apresentados com danificações.
Explicação: A palavra "avariados" refere-se a algo que está danificado, defeituoso ou em mau estado. No contexto do aviso, um botijão avariado é aquele que apresenta danos que podem comprometer sua segurança, como amassados, vazamentos ou outras falhas estruturais.
Leia o texto abaixo e responda.
VISITA
Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?
Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o ba-nheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?
Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.
GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31. São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89
Questão 7. Em “Não faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada sugere sentimento de
(A) maldade
(B) afeição
(C) desprezo
(D) esperança
Gabarito comentado
Letra (B) afeição
Explicação: A palavra "coitado" expressa compaixão e pena pelo inseto, demonstrando um sentimento de afeição do narrador em relação ao animal. Ele se preocupa com a sobrevivência do inseto e tenta salvá-lo, diferentemente do servente, que o vê como um ser indesejado.
(SPAECE). Leia o texto abaixo e responda.
Sinceridade de criança
Era uma época de “vacas magras”. Morava só com meu filho, pagando aluguel, ganhava pouco e fui convidada para a festa de aniversário de uma grande amiga. O problema é que não tinha dinheiro messmoooooo.
Fui a uma relojoaria à procura de uma pequena joia, ou bijuteria mesmo, algo assim, e pedi à balconista:
– Queria ver alguma coisa bonita e barata para uma grande amiga!
Ela me mostrou algumas peças realmente caras, que na época eu não podia pagar.
Então eu pedi:
– Posso ver o que você tem, assim... alguma coisa mais baratinha?
E a moça me trouxe um pingente folheado a ouro... bonito e barato. Eu gostei e levei.
Quando chegamos ao aniversário, (eu e meu filho) fomos cumprimentar minha amiga, que, ao abrir o presente, disse:
– Nossa, muito obrigada!!!!! Que coisa linda!!!!!
E meu filho, na sua inocência de criança bem pequena, sem saber bem o que significava a expressão “baratinha” completou:
– E era a mais baratinha que tinha!!!.
Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/infantil/610758>.
Questão 8. Nesse texto, a expressão “‘vacas magras’” (ℓ. 1) indica que a narradora
A) comprava objetos baratos.
B) havia perdido muito peso.
C) possuía pouco dinheiro.
D) tinha criação de gado.
Gabarito comentado
Letra C) possuía pouco dinheiro.
🔹 Comentário: A expressão "vacas magras" é uma metáfora usada para indicar um período de dificuldades financeiras. No texto, a narradora menciona que morava sozinha com o filho, pagava aluguel e ganhava pouco, o que reforça essa ideia. As outras alternativas não se encaixam no contexto:
- (A) comprava objetos baratos → Embora ela tenha procurado algo barato, isso foi consequência da falta de dinheiro, não o significado da expressão.
- (B) havia perdido muito peso → Não há relação entre "vacas magras" e emagrecimento literal.
- (D) tinha criação de gado → A expressão é metafórica, não indica criação de gado real.
Leia o texto abaixo e responda.
EDUCAÇÃO DE HOJE ADIA O FIM DA ADOLESCÊNCIA
Há pouco tempo recebi uma mensagem que me provocou uma boa reflexão. O interessante é que não foi o conteúdo dela que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha, em que os remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la: “Somos dois adolescentes, com 21 e 23 anos...”.
Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jovens acreditam que a adolescência se estende até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante dessa história: que a criança pode ser criança quando é tratada como tal, e o mesmo acontece com o adolescente. Os dois jovens adultos se veem como adolescentes, porque, de alguma maneira, contribuímos para tanto.
A adolescência tinha época certa para começar até um tempo atrás, ou seja, com a puberdade, época das grandes mudanças físicas. E terminar também: era quando o adolescente, finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e tornava-se adulto. Agora, as crianças já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo antes da puberdade se manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim por muito mais tempo. Qual é a parcela de responsabilidade dos adultos e educadores?
Fonte:http://www.santanna.g12.br/professores/ana_paula_port/atividade_reforco_lp_9anos.pdf.
Questão 9. No primeiro parágrafo, a palavra “fisgou” tem sentido de
A) levou.
B) indicou.
C) chamou.
D) identificou.
Gabarito comentado
Letra C) chamou.
🔹 Comentário: A palavra "fisgou" vem do verbo "fisgar", que significa prender, capturar. No texto, a narradora diz que sua atenção foi fisgada pela mensagem, ou seja, a mensagem chamou sua atenção. As outras opções não fazem sentido no contexto:
- (A) levou → "Fisgar" não tem o sentido de carregar ou transportar.
- (B) indicou → A palavra "fisgou" não tem relação com indicar algo.
- (D) identificou → "Fisgar" não significa reconhecer ou identificar algo.
(SADEAM). Leia o texto abaixo.
A surdez da bisavó
— Vó, jã são horas - diz o meu pai para a minha bisavó, depois do jantar. Mas a minha bisavó nem se mexe na cadeira.
Então a minha mãe afirma que é preciso explicar-lhe melhor as coisas. Chega perto dela e diz:
— Vó, já são horas de ir para a cama.
Mas a minha bisavó, continua sem se mexer na cadeira.
— Está cada vez mais surda, coitada - murmura meu pai.
E minha mãe insiste, mais uma vez:
— Vó, já são horas de ir para a cama porque está muito frio.
A minha bisavó nem se mexe, os olhos colados na TV no fundo da sala. [...]
- Vó, jã são horas de ir para a cama porque está muito frio e não queremos que fique gripada porque depois fica com febre e precisa tomar remédio.
A minha bisavó, nem um piu.
Até que meu pai tira a mesa e não pensa mais no assunto. E a minha mãe volta a 15 suspirar profundamente e vai lavar a louça.
— Eu não sou surda - murmura então para mim a minha bisavó, com um sorriso no canto da boca e apontando para a televisão — mas não vou para a cama sem saber o restante. Quer dizer, sem saber se a moça loira e rica casa com o rapaz moreno e pobre.
Encosta-se na cadeira e lá fica.
Eu ia jurar que, alguns minutos depois, a ouvi roncar. Mas devia ser impressão minha.
— Vi tudo até o fim - garante-me ela no dia seguinte...
VIEIRA, Alice. A surdez da bisavó. In: Livro com cheiro de baunilha. São Paulo: Texto Editores, 2009, p. 6-7. Fragmento.
Questão 10. No trecho “A minha bisavó, nem um piu.” (ℓ. 21), a expressão destacada significa que a bisavó
A) continuou muda.
B) dormia sem roncar.
C) estava sem se mexer.D) ficou vendo TV
Gabarito comentado
Letra A) continuou muda.
🔹 Comentário: A expressão "nem um piu" significa não dizer nada, permanecer em silêncio. No contexto, a bisavó não responde aos chamados porque está entretida com a novela. As outras alternativas não são corretas porque:
- (B) dormia sem roncar → O texto sugere que ela pode ter cochilado, mas não é isso que a expressão quer dizer.
- (C) estava sem se mexer → Ela também estava imóvel, mas "nem um piu" se refere ao silêncio, não à imobilidade.
- (D) ficou vendo TV → Embora seja verdade que ela estava assistindo à novela, a expressão "nem um piu" não significa isso.